
Proteção ambiental e sustentabilidade em Angola
A proteção ambiental abrange um amplo leque de atividades cujo principal objetivo é manter ou restaurar a qualidade do ambiente, seja o solo, os cursos de água ou o ar que respiramos.
O ponto fundamental é a prevenção da libertação de emissões ou a redução da presença de substâncias poluentes no meio ambiente. Isto pode ser feito através da mudança das características dos produtos e serviços, da alteração dos padrões de consumo, do descarte correto dos resíduos gerados durante a produção ou a alienação destes bens, ou reciclagem deste material, sempre que possível. É também importante a prevenção da degradação da paisagem e dos ecossistemas.
De acordo com esta definição, a gestão adequada de unidades de processamento, a redução dos resíduos gerados, o descarte correto dos resíduos e a gestão dos recursos ambientais são essenciais para o desenvolvimento económico de Angola.
A ACP focou-se no desenvolvimento da industria de proteção ambiental pelo investimento em serviços de suporte ao setor petrolífero através de uma empresa denominada Angola Environmental Serviços (AES). Após o investimento do FIPA, a empresa expandiu geograficamente com a criação de uma nova unidade de gestão de resíduos no Soyo. Os clientes da AES são principalmente empresas petrolíferas internacionais tais como a Total, ENI, Chevron, Esso, BP, Maersk Oil e a Sonangol, empresa petrolífera nacional.
Angola Environmental Serviços
A AES está estrategicamente posicionada para responder à necessidade de sustentabilidade ambiental, fornecendo um serviço de gestão de resíduos específicos para o setor do petróleo e gás. A empresa está registada no Ministério do Petróleo (MinPet) como prestadora de serviços para essa indústria. As instalações de tratamento são compostas pela Base Sonils, em Luanda, e por um aterro em Cacuaco, a norte de Luanda. A localização estratégica da AES no Centro de Serviços de Petróleo da Sonils, em Luanda, oferece uma vantagem em termos de fácil acesso a instalações e serviços para empresas de petrolíferas. O tratamento dos resíduos o mais próximo possível do local de origem (mar) reduz ou até evita a necessidade de os transportar via estrada através de áreas povoadas. As Instalações de Gestão Total de Resíduos da AES na Base da Sonils compreende meios de tratamento de lamas contaminadas com petróleo e resíduos da perfuração, bem como um incinerador para resíduos perigosos.
Estas instalações compreendem:
- Edifício administrativo / sede;
- Cinco Unidades de Dessorção Térmica (TDUs);
- Unidade de Incineração de Alta Temperatura (HTIU);
- Estação de transferência de resíduos líquidos e sólidos no cais;
- Área de limpeza / lavagem a vapor
- Zona de tanques;
- Unidade de tratamento de águas residuais;
- Instalações de armazenamento e manutenção.
A decisão da ACP de investir na AES em 2014 resultou da sua posição como líder no seu segmento de mercado e da posição privilegiada para expandir e criar a capacidade de processar resíduos adicionais resultantes da implementação de leis ambientais mais rigorosas, sem criar estrangulamentos na indústria petrolífera. As oportunidades de crescimento incluíram a expansão para a Base do Kwanda no Soyo, bem como a gestão do impacto da nova legislação, que impõe a redução da percentagem permitida de hidrocarbonetos nos resíduos descartáveis para o mar de cinco por cento para zero por cento. A AES recebe aproximadamente 60 000 toneladas de resíduos industriais por ano, servindo clientes-chave que contribuem com mais de um quinto do PIB. Entre 2014 e 2018, a AES processou mais de 360 000 toneladas de resíduos industriais, contribuindo assim para a sustentabilidade ambiental.